FT 5955 – Costura industrial de vestido de senhora e criança
REFLEXÃO DE APRENDIZAGEM
AÇÃO: MODELISTA DE VESTUÁRIO 003/2020
CARGA HORÁRIA: 25 Horas
FORMADOR: Marina Oliveira
DATA DE INICIO: 08/06/2021
DATA DE FIM: 22/06/2021
OBJETIVOS DA UFCD:
- Cortar o protótipo
ou peça final de vestido de senhora e criança.
- Executar
todas as operações de costura de vestido de senhora e criança, mediante
fichas com especificações técnicas.
- Utilizar
as máquinas industriais adequadas a cada operação.
CONTEÚDOS:
- Costura
industrial de vestido de senhora e criança
- Preparação
- Paletas
e punhos
- Carcelas
de mangas e punhos
- Golas e
colarinhos
- Paletas
e bolsos de chapa e metidos
- Malhetes
/ machos
- Escapulários
e encaixes
- Outros
componentes
- Montagem
- Acabamento
- Preparação
- Corte de protótipo
ou peça final de vestido de senhora e criança
- Estendida
e encaixe
- Risco e
corte
- Costura
industrial de protótipo ou peça final de vestido de senhora e criança
- Preparação
- Montagem
- Acabamento
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Estudo do plano de corte no tecido I |
COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS
Para a
realização desta UFCD comecei por procurar um modelo na internet para tentar
replicar o molde. O vestido escolhido para a realização do protótipo foi um
vestido camiseiro com terminação da manga com folho e composto por folhos do
peito para baixo.
Utilizando o
molde base da construção de vestidos fiz uma transformação básica para obter os
moldes pretendidos para a confeção do protótipo. Com este processo melhorei as
competências adquiridas através de unidades formativas anteriores. Para além da
interpretação do modelo através da foto, repeti o exercício das camisas,
nomeadamente com a modelagem da gola e pé de gola e também da manga. Foi
enriquecedor em termos de experiência uma vez que tive oportunidade de repetir
o mesmo exercício através de outras bases.
O vestido em
causa sendo composto por folhos revelou-se mais complexo do que o expectado. O
tecido selecionado não era muito fácil de manobrar e era bastante escorregadio
o que não facilitou a fase de corte. Outra questão que dificultou este processo
foi o facto de o padrão para os folhos ser constituído por quadrados com alguma
assimetria. Neste processo houve necessidade de ignorar os quadrados em si e
considerar a risca constituída por estas figuras geométricas visualmente
parecidas com quadrados.
O estudo para a
dimensão dos folhos mereceu alguma atenção e tempo. Inicialmente foi ponderado
um aumento de 25% para o franzido entre folhos, depois pareceu não ser
suficiente e ponderou-se um aumento de 50%. Entretanto considerou-se que se os
cortes fossem efetuados a 45 graus iria conferir visualmente mais franzido não
sendo necessária a utilização de tanto tecido. Foi a escolha acertada, uma vez
que o tecido apesar de não parecer, é bastante pesado para o tipo de vestido.
Este modelo de vestido requer um tecido mais leve.
Para este
modelo, e para cumprir com o objetivo inicial, era necessário recorrer à
máquina de corte e cose para fazer o acabamento de rolinho nas extremidades do
folho na parte superior, no entanto não foi possível a substituição da peça que
permite este acabamento e o acabamento teve de ser feito com o acabamento de
corte e cose normal com um ponto mais apertado.
Como referi
anteriormente tive oportunidade neste projeto de consolidar conhecimentos com a
confeção da gola e pé de gola, a partir de outra modelagem, feita com base na
construção dos vestidos. Houve necessidade por isso de conferir novas medidas e
pensar nas dimensões do embebido das mangas e também na dimensão da folga
indicada para este modelo.
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Corte do tecido I |
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Corte do tecido I |
IMPACTO NO FORMANDO E A IMPORTÂNCIA PARA A VIDA PROFISSIONAL
A construção
deste protótipo nos primeiros minutos deixou-me um pouco desiludida.
Confrontei-me com dificuldades com as quais não esperava devido ao
comportamento do tecido, e também porque me deparei com erros de corte causados
talvez pelas várias tentativas de encaixe dos componentes no plano de corte da
peça colocada nos 45 graus. Numa das recolocações o molde ficou totalmente
aberto fazendo com que uma das peças tenha ficado maior do que o estipulado.
Este erro serviu de alerta para futuros cortes semelhantes.
Sem dúvida
que os aspetos menos bons são sempre importantes, porque deles retiramos
ensinamentos para projetos seguintes. Os erros transformam-se em ferramentas para
contornar situações que surgem no diário de uma modelista, e representam armas
para trabalhar com segurança e confiança.
Este
trabalho também deu para ter noção da quantidade de tecido gasta numa peça de
adulto franzida e dos custos associados a uma peça do género.
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Frente do vestido |
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Lateral do vestido |
ASPECTOS
POSITIVOS/ NEGATIVOS
Como aspetos
negativos aponto o facto de o protótipo não ter a aparência idealizada no
início, e o facto de ter tomado a decisão de alterar o modelo para solucionar o
erro do corte. Contudo, devo salientar o encorajamento e apoio da formadora
pelo trabalho desenvolvido no projeto.
Foi muito
satisfatório o debate entre colegas sobre a percentagem de corte necessário
para obter o efeito dos folhos do vestido. Para o cálculo da dimensão do tecido
a usar gerou-se uma conversa entre colegas e formadora sobre as percentagens de
aumento dos folhos, e como colocar o fio direito de modo a utilizar menos
tecido. Esta interação entre colegas e formadora foi muito positiva para a
nossa aprendizagem.
De um modo
geral fiquei bastante satisfeita. Numa situação de trabalho real teria de
desenvolver o mesmo protótipo com outro material mais leve para averiguar se o
resultado estaria de acordo com o estipulado. Consideraria baixar alguns
centímetros o início dos folhos alguns e aumentar um pouco a folga do corpo do
vestido. O resultado da confeção do corpo do vestido, nomeadamente a colocação
das mangas, gola e pé de gola deixou-me bastante satisfeita.
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Costas do vestido |
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Pormenor do decote do vestido |
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